《O porão: volume 02》05

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Nuvens negras se formavam no céu de Duskwood a uma velocidade anormal. Um arrepio percorreu a nuca de Phil enquanto ele adentrava floresta adentro em busca da caixa.

Phil: " Isso não pode ser uma simples tempestade" - Disse a si mesmo, torcendo para estar errado.

À medida que ele caminhava mais para dentro da floresta, as nuvens pareciam ficar mais negras e o vento, mais gelado. Após alguns minutos, ele pôde avistar três corpos cobertos por lençóis brancos. Cuidadosamente, Phil se aproximou de um dos corpos e descobriu apenas a face da vítima. Ele quase caiu sentado com o que viu: o defunto estava com a boca escancarada e sem os olhos. O estado de decomposição estava avançado.

Escola Primária de Duskwood

As crianças estavam no pátio, olhando curiosas para a caixa metálica depositada no chão. O que lhes chamava a atenção, era o fato do artefato trepidar e emitir pequenos feixes de luz. O efeito era hipnótico e o que viria a seguir, extremamente catastrófico. Como moscas atraídas pelo fedor putrefato da morte, mais e mais crianças se juntavam ao redor da Dibbuk, alimentando e fortalecendo Abyzou, que agora tinha em seu alcance um pequeno exército de hospedeiros.

Phil saiu frustrado da cena do crime por estar de mãos vazias. Alguém havia colocado as mãos na caixa antes dele, e agora ele não fazia ideia de onde começar a procurar. Quando ele avistou Jessy e Sn, que estavam ansiosas, ele logo as desanimou com sua feição de derrota.

Jessy: " A caixa não estava lá?"

Phil: " Não "

Sn: " Acha que a polícia está em posse dela?"

Phil: " Eu não sei, Sn" - Havia um misto de frustração e medo nos olhos dele.

Jessy se aproximou dele e pôs a mão em seu ombro.

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Jessy: " Nós vamos encontrar "

Phil: " Eu espero que sim "

Casa do desafio - Floresta de Duskwood - Algumas horas depois.

Havia uma movimentação suspeita nos arredores e isso não era um bom sinal. O barulho de sirenes e alguns gritos chegavam até o interior da silenciosa casa abandonada.

Em silêncio e com muito cuidado, Jake juntava alguns poucos pertences pessoais em sua mochila, pronto para fugir mais uma vez. Ele havia conseguido passar despercebido por semanas, escondendo-se na casa esquecida na floresta.

Quando Jake avistou a rua que dava continuidade à estrada e início à Duskwood, um cenário tenebroso e caótico estava formado: havia pequenos focos de incêndio espalhados; carros abandonados e vitrines depredadas. O mais assustador, era o silêncio. A sensação que ele teve foi de que a cidade estava morta.

Caminhando pelo meio daquele cenário macabro, Jake tentava entender o que estava havendo. Foi então que ele notou o quão negro estava o céu.

Jake: " Mas o que é isso?" - Perguntou para si mesmo, conferindo as horas. Não passava das 16:00 horas. Foi então que ele se viu cercado por uma névoa densa. Um alarme alto e insistente soou, fazendo com que o hacker cobrisse os ouvidos, atormentado.

Uma figura feminina se aproximou lentamente, mas parou antes de ficarem muito próximos. Apesar da névoa, Jake pôde reconhecer o semblante sereno dela. Sua mãe. Ela usava um suéter rosa claro, como no último dia. Uma camisa branca de botões perolados e uma saia longa de linho na cor cinza.

Lentamente, ele começou a caminhar em direção à ela, que virou-se e saiu correndo, desaparecendo na névoa.

Jake: " Mãe! Espera!" - Gritou, acelerando o passo para tentar alcançá-la. Por algumas quadras, ele a seguiu, até que ela desapareceu em um beco sem saída.

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Tateando a parede suja do beco, Jake tentava entender o que havia acabado de acontecer. Foi então que ele notou que havia sangue escorrendo pelas rachaduras do concreto.

Ele deu alguns passos para trás, quando deparou-se com alguém menor do que ele.

Era um garotinho de olhos brancos e leitosos. Ele não se movia.

Jake: " Olá? Você está bem?"

Não houve resposta. Então, ele viu que o garotinho não estava só: havia um considerável número de crianças, igualmente estranhas, o encarando, um pouco atrás do menino.

Jake se aproximou cuidadosamente do pequeno grupo, mas eles pareciam como sonâmbulos. Quando ele olhou mais de perto, viu que as crianças flutuavam. Isso foi o suficiente para que ele acelerasse o passo para longe dali.

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