《Quem Ri Por Último Ri Melhor》CAPÍTULO QUATRO
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Escutei uma batida na porta do meu quarto.
-Matt? Posso entrar?
Era a minha mãe. Desde quando eu tinha me mudado para esse quarto "novo", minha mãe tinha entrado aqui uma ou duas vezes apenas.
-Pode, mãe – eu disse.
Ela entrou e sorriu para mim. Fiz um gesto para ela se sentar na cama, ao meu lado. Ela olhou em volta todo o meu quarto e fez uma expressão admirada.
-Você transformou esse lugar num paraíso seu, meu filho.
Dei um sorriso tímido.
-Faço o que posso.
Ela engoliu em seco e pigarreou antes de continuar a falar.
-Filho, sua irmã me contou do baile da escola. Ela está super animada para ir. Mas ela me disse que você não quer ir. Tem algum motivo em especial?
Eu queria socar a cara da Victoria até ela ir parar em outra família. Pra quê raios ela tinha que contar isso à mamãe?
-Ah, mãe, não sou fã de festas, a senhora sabe disso.
-Filho, é uma festa de formatura. Sua turma, seus amigos, todos vão estar lá. Você devia ir também, devia sair mais, não pode ficar enfurnado nesse quarto para sempre.
Minha mãe nunca reclamou por eu não sair muito. Mas parece que agora ela estava meio preocupada porquê a droga do filho dela de 18 anos só sai de casa quando vai visitar os avós ou ir na padaria. Será que ela estava desconfiando de algo? Se a Victoria tiver contado alguma coisa...
-Não, mãe, sério. Não me force a ir nessa festa. Eu não quero e eu não vou – tentei ser firme.
-Matthew, por favor...
-Eu quero ficar um pouco sozinho agora. Desculpa.
Ela assentiu e passou a mão na minha cabeça. Depois, ela parou por uns instantes na porta e suspirou antes de sair. Eu ficava mal pela minha mãe, mas eu não podia mais escutar nada sobre aquele baile. Eu queria ir, mas eu queria ir livre de preconceitos, livre de bullying. Queria ir para rir, para dançar feito um louco sem que ninguém me julgasse, para beijar a garota que eu gosto, para conversar com meus amigos e curtir a noite toda. Eu não queria ir para ser o nerd de sempre, o cara que iria ficar encostado na parede até a festa acabar.
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Deitei na cama e fiquei olhando para cima, para Liz, ou pelo menos para a imagem da mulher que me lembrava ela. Então, escutei outra batida na porta. Revirei os olhos.
-Mãe, eu disse que quero ficar sozinho – eu disse, um pouco alto.
-Não é sua mãe – uma voz grave ecoou pelo meu quarto. Era meu pai.
Me endireitei na cama e acendi a luz do meu quarto.
-Pai! Entra!
Ele abriu a porta. Sua figura robusta e grosseira analisou meu quarto, assim como minha mãe tinha feito. A reação do meu pai, porém, foi um pouco mais tímida. Seus olhos pousaram na basculante repleta de adesivos. Ele franziu o cenho por um instante e depois se virou para mim.
-Lugar interessante para pôr os adesivos – ele comentou.
Eu dei um pequeno sorriso. Meu pai era o homem em quem eu mais me inspirava na vida. Ele não perdia tempo para fazer as coisas. Ele se casou com a minha mãe quando eles eram bem novos, não porque algo havia acontecido, mas porque eles simplesmente se amavam e não viram motivo para ficar enrolando. E estão juntos há mais de 20 anos. Ele era calmo, justo, seguro. Ele era meu exemplo.
-Filho, sua mãe pediu para que eu conversasse com você. Está acontecendo algo na escola? – ele falou.
Era difícil mentir para meu pai, mas tive que me esforçar.
-Não, pai, sério. Tá tudo bem.
-De verdade? – seus olhos ficaram fixos nos meus por alguns instantes.
-De verdade pai. Se é sobre o baile, eu só não quero ir.
-Tem algum motivo específico? Alguma garota?
-Não pai. Fica tranquilo. E pode dizer pra mamãe não se preocupar também – eu disse.
-Matthew, olha pra mim – eu olhei. – Nós só queremos o seu bem. Se algo estiver acontecendo, conte-nos. Nós te amamos muito, meu filho.
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Naquele momento, eu quis dizer cada detalhe do que me acontecia já por seis anos. Mas não disse.
-Eu sei, pai. Eu estou ótimo.
Ele sorriu, deu um tapa nas minhas costas e saiu.
Se um dia eu fosse contar o que acontecia comigo para alguém além de minha irmã, esse alguém seria meu pai. Por diversos motivos, meu pai e minha irmã eram minhas ligações entre o meu mundo e o mundo real. Eu amava muito a minha mãe, mas ela é muito sensível, emocionalmente instável. Se eu falasse algo para ela, não me duvida que ela desmaiaria ou coisa pior. Eu queria proteger a minha mãe, não dar ainda mais motivos de preocupação para ela. Mas também não queria preocupar meu pai. Ele é excelente, mas simplesmente não posso contar nada a ele. Ele vai pensar que sou um fraco, um nada. Vai desejar que eu tenha nascido menina, ou que eu nem tenha nascido, vai saber.
Tranquei a porta domeu quarto e deitei na cama de novo, com os fones nos ouvidos. Cobri a bocapara não escutarem o barulho quando eu começar a chorar. E, naquela noite, euchorei. Chorei como uma garotinha que perdeu a cabeça da sua boneca preferidano parquinho. Chorei como um bebê, e senti vergonha por isso. Eu não deviasentir, mas foi isso que aconteceu. Então, ali mesmo, em plena tarde, euadormeci em meio aos meus soluços desesperados. E dormi muito.
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Breaking the Shackles of the Past (Ren Tao)
Five years ago, Himiko Chibana and her family moved to Funbari to start a new life and escape a past she has fought to hide and forget. Then one night she encounters a strange boy in the local cemetery capable of connecting this world to the next. His appearance sets into motion a chain of events that will push her to her limits, suddenly forcing her painful memories to the forefront of her mind and forever tying her destiny to Ren Tao—a boy linked to a forgotten promise she made long ago. And soon Himiko will come to realize she has no other choice than to face her past to save and protect everyone she holds dear. Risking everything, including her very life. If she doesn't, they will end up suffering the same fate as the boy from her memories. BASED ON THE ORIGINAL ANIME Cross-posted on Wattpad, Archive of our own, Quotev, and fanfiction.net
8 158The Small Sealmen of Sharpy Island
The prominent Dilly family has bought Sharpy Island, a remote location in Casco Bay, to be their new summer home. Everyone imagined the private island would serve a place of rest and relaxation away from the city, yet it seems it is anything but; instead, odd occurances and strange sightings have everybody on edge. Some particularly unlucky individuals even are left to wonder: just what are those strange seal-like creatures that appear to roam the beaches? And what is it they want? One thing's for certain- this summer will be unforgettable. (Cover art credit: LoneSmerf)
8 176Lucid Dream
Lucid dreams are when you know that you’re dreaming while you’re asleep. You’re aware that the events flashing through your brain aren’t really happening. But the dream feels vivid and real. You may even be able to control how the action unfolds, as if you’re directing a movie in your sleep. Things became even weirder when you could gain all kind of bizarre abilities from the dreams in reality. Follow a university student trying to keep a semblance of normal life in a world of mutants and gods. ------ I only put this fiction here for storage purpose for my casual story. I have no updating schedule, only edit when I feel like it
8 197Character Inspiration
This book is for everyone ..Here you will get the male n female character inspiration for your story, with there names n respective IGs 😊You can absolutely claim them ✌️[Highest rank - #1 in random people] *****
8 58Smile For Me || Niall Horan
Alexis Blake has spent years of her life smiling through the pain and struggling to make money with only her brother and little sister left. When she gets a big assignment for a One Direction photo shoot at her photography job she didn't know her life would change big time. Instantly bonding with a certain blonde irish boy has it's benefits, but will she be able to love anyone again after her rocky past?
8 177Mori X Reader
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