《Blue Stars ★ |R.L|》Capítulo 10 ★

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Eu estava ofegante, a batida do meu coração estava acelerada, e o ambiente estava tão mutuo, que o ar que saia das narinas de Rafael era perceptível. Seu cheiro era de uma colônia masculina um tanto quanto agradável. Suas pupilas estavam dilatadas, ele estava visivelmente deslocado com a reação que tive.

- Tu-tudo... Be-bem... - respondi sem jeito.

Rafael sorriu. Eu não enxergava um palmo em minha frente, tudo estava embaçado e o tempo parou naquele momento.

- Terra chamando Sarah...

O garoto brincou para tentar me acordar da situação. Balancei minha cabeça e o olhei apenas com os olhos.

- Me desculpe... - disse.

- Imagina... Mas bem, vamos entrar?

- Sim sim, claro!

Virei para frente, torcendo para que Rafael não encostasse em mim novamente. Não por ser enjoada, mas sim por me deixar estranha e sem reação. Fui o resto do caminho prestando mais atenção, apalpando mais forte as paredes para senti-las. Vi uma porta preta, com um corrimão em sua frente, e uma placa verde, com um homem descendo as escadas correndo. Essa devia ser a porta de entrada, então parei em sua frente.

- Espera ai! - o loiro estava atrás de mim. - Bem, você pode se assustar assim que abrir a porta, mas... Fique calma.

- Tudo bem... Hehe.

Ele empurrou a porta com as duas mãos, abrindo-a e revelando uma luz cegante. Quando meus olhos se acostumaram com a claridade, vi uma sala bem ampla, branca, com vários sofás, poltronas, cadeiras mesas e bebidas. O local era todo envidraçado, deixando-o ainda mais iluminado. Rafael se apressou, entrando no local rapidamente. Eu parei aonde estava, olhando tudo. Vi Maethe, em um sofá, Mário e Ária em frente deles, no outro.

- Não vai entrar? - Rafael disse para mim, jogando sua mochila em uma sofá todo preto, com um material brilhante. - Achei que já teria uma multidão de fãs aqui.

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Ele se atirou no móvel, colocando suas pernas estiradas na horizontal, erguendo as mangas de seu moletom e passando seus dedos em meio de seus fios dourados, erguendo o topete. Como aquilo poderia me deixar impressionada, a ponto de admitir perfeição? Acho que estou louca.

Respondendo a sua pergunta, entrei timidamente na sala, com meu celular em meio minhas duas mãos, na altura de minha cintura. Torci meus lábios para dentro ao dar um único passo na sala.

- Sente aqui... - ele se sentou, arrumando sua postura desleixada e adotando um comportamento mais maduro. Bateu uma de suas mãos ao lado dele, me convidando a não só sentar, e sim a me deixar cada vez mais fora de mim.

Caminhei rapidamente até o sofá, puxando minha saia para frente abaixo de minhas pernas.

- Sarah né? - ele indagou.

- Sim...

- Vamos lá. Tem uma brincadeira que gosto de fazer com pessoas que não conheço. Não me julgue, sei que parece meio infantil mas sou péssimo com "boas vindas". - riu - Eu pergunto rapidamente uma coisa e logo depois você deve responder. Tudo bem?

- Tudo...

- Lá vai! Nome?

- Sarah!

- Idade?

- 16 anos.

- Estuda?

- Sim.

- Signo?

- Sagitário.

- Maior sonho?

- Conseguir me formar na área em que quero... Seguir carreira.

- Quer se formar em que?

- Designer Gráfico.

- Namorando ou solteira?

- Solteira... - olhei para ele, que tinha um semblante malicioso.

- Bom saber...haha.

- Hahaha...

- Hm.... Já... Teve amor platônico?

- Sim!

- Por quem?

- Um menino do colégio.

- Como foi?

- Gostava dele e ele não me dava a mínima. Sabia que eu gostava dele, mas me zoava.

- Cara, ele tem problemas!

- Por que?

- Quem não gostaria que uma menina linda igual a você não desse moral?

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- Que bom seria que todos tivessem um pensamento igual ao seu! Mas, agora posso eu te perguntar as coisas?

- Claro!

- Lá vai.

- Pode mandar.

- Nome?

- Rafael.

- Idade?

- 18 anos.

- Estuda?

- Não...

- Signo?

- Aquário.

- Maior sonho?

- Não tenho sonhos...

- Não? Por que?

- Não penso no futuro, sou idiota...

- Não é questão de ser idiota... Só... Deixa pra lá.

Ele me olhou profundamente.

- Namorando ou Solteiro?

- Solteiro.

- Já teve amor platônico?

- Já... Por uma violonista... Me julgue.

- Nem posso porque o menino que eu gostava parecia o senhor madruga.

Rimos juntos.

- Posso te perguntar mais coisas? - ele questionou.

- Claro!

- Café ou Chá?

- Chá.. Ainda mais de Erva Doce. Eu amo!

- Haha, curto mais café.

- Disso todos nós sabemos. - Allan chegou, nos interrompendo. Ele segurava um cordão.

- Ah lixo, sai daqui. - Rafael brincou.

- Ai engraçadinho. - Allan riu ironicamente. - Sarah, a Maethe me pediu para eu conseguir alguns crachás para vocês ficarem com a gente até o final do evento. Coloque o seu e não tire por nada nesse universo, pai, jessus, mari rozé, tio Pardinho, Alice, coelho, Lara Croft e...

- Ta Allan, ela já entendeu. - interrompeu Rafael.

- Hahaha, tudo bem Allan. Muito obrigada pela gentileza.

- De nada Alicinha, ainda bem que você é educada, diferente de certos cervos da patagônia, mais conhecidos como Rafael Lange. - ele dirigiu seu olhar ao gato... Ops. Quer dizer, garoto ao meu lado.

- Ai vai seduzir o Senpai e me deixa, Allan. - Rafa zoou seu amigo.

Eu estava rindo muito de tudo, seria muito bom estar com eles!

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