《Twitter | cellyu》Bônus - Rafa {Parte 3/final}

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-Como sabia que eu e o Rafa, uh, estivemos...

-Você está mais corada do que o normal, como sempre fica quand- ela foi cortada.

-Eu entendi, eu entendi...

-E quando saem os filhinhos? - Maethe perguntou, pulando atrás das duas.

-Estava ouvindo, é? - Flávia pergunta após se recuperar do susto.

-Não sou a única! - Maethe diz baixo e eu finjo estar fazendo alguma coisa.

-E então, que tal irmos logo? Eu tô com fome, sabia?

-Alan, você sempre está com fome! - Maethe revirou os olhos e beijou a bochecha de seu namorado.

-Vamos! - me levantei, esperando Flávia se levantar também.

***

Segurei sua mão e caminhamos junto ao pessoal, indo em direção ao parque de diversões. Todos conversávamos e ríamos enquanto observávamos tudo ao nosso redor. Entramos no parque, indo direto para a roda gigante. Como eram dois por cabine, nada mais justo do que eu com a Flávia. Gabs foi com o Felipe, Alan com a Maethe e Tuchi com o Ronaldo.

-Eu amo a roda gigante! - ela disse, seus olhos brilhando.

-Eu amo você! - murmurei, pondo um cabelo rebelde atrás de sua orelha.

Ela sorriu, corando um pouco. Voltou sua atenção para a vista, segurando minha mão. Continuei a observá-la, todas as suas sardas, o brilho dos seus olhos, o seu infantil e fofo sorriso. Seu nariz, seu cabelo agora atrás das orelhas. Tudo nela era completa e absolutamente perfeito.

-Flávia, vamos! - a sacudi de leve, passando a mão na frente do seu rosto.

-O quê? - ela despertou do seu devaneio, me olhando.

-Temos de sair do brinquedo, Flávia... - segurei sua mão, me levantando.

Ela se levantou e caminhamos juntos para fora do brinquedo. Nos reunimos com o pessoal para decidir se iríamos agora na montanha-russa ou no trem fantasma. Ou talvez na casa do medo, ou na xícara maluca.

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-Posso ir no carrossel? - Flávia perguntou, olhando para o brinquedo.

-Eu acho que tu está muito velha para ir no carrossel! - Gabs riu junto com Maethe.

-Tá me chamando de idosa? Olha aqui, eu só não te bato porquê... Não sei... Antigamente eu podia dar a desculpa da sua barriga, mas agora a Marina já nasceu, então né...

-Aliás, aonde ela está?

-Com a babá, provavelmente dormindo!

-Não mudem de assunto, eu quero ir no carrossel! - Flávia comentou, puxando-me para ir com ela até o brinquedo.

Fiz um sinal para o pessoal esperar, caminhando com ela em direção aos cavalos giratórios e sua irritante musiquinha. Seus olhos brilhavam e ela parecia uma criança. Parou em frente ao homem, observando o brinquedo.

-Pois não? - ele perguntou, estranhando.

-Eu, uh... - ela me olhou, pedindo ajuda.

-Ela queria ir no carrossel...

-Oh, ela? Acho que já está bem grandinha para isso, infelizmente não posso permitir!

-Por favor! - ela o olhou.

-Olha, se vocês vierem aqui um pouco antes do parque fechar talvez eu possa fazer algo, mas no momento não dá...

-Obrigada, o senhor é muito gentil! - ela sorriu e me puxou para a barraca de algodão doce. - vem Rafa!

Após comprarmos algodão doce e ganharmos um urso de pelúcia num jogo, voltamos para o pessoal. Fomos na montanha-russa, no tunel do medo, na casa do medo e em um brinquedo que sobe e desce mais do que meninas em baile funk - aliás, nada contra.

-Rafa, desculpa estar agindo como uma criança... - a sua voz baixa pôde ser ouvida - faz bastante tempo que não vinham em um parque de diversões, sabe...

-Tudo bem. - beijei sua testa. - eu gosto de ti de qualquer jeito!

Ela sorriu. Nos despedimos do pessoal e caminhamos em direção ao carrossel. O parque já estava para fechar. Esperamos todos saírem do carrossel e finalmente a Flávia subiu no mesmo. Fez um sinal pedindo para que eu fosse também, e após a aprovação do homem eu subi no brinquedo.

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***

-Eu amo o carrossel! - ela disse após sairmos de tal brinquedo. - Quando eu era menor, era meu brinquedo favorito. Claro que eu só havia ido uma vez, mas mesmo assim eu gostava!

Sorri para ela, ouvindo suas histórias de infância. Andávamos calmamente até onde o carro estava estacionado, um pouco longe do parque por falta de vagas.

-Ai meu Deus, Rafa! - ela parou, soltando minha mão. -Ele vai ser atropelado Rafa! Ele vai ser atropelado, me ajuda Rafa!

Ela correu em direção ao meio da rua, aonde um gato com a patinha quebrada tentava - em vão - ir para a calçada. Pegou o gatinho com a mão, trazendo-o em minha direção.

-FLÁVIA, CUIDADO! - gritei, pegando em seu pulso e puxando-a.

A luz forte quase me cegou e eu ouvi o miado do gato. Suas garras se prenderam na minha camiseta quando um forte baque soou na minha frente. Lágrimas caíram dos meus olhos antes mesmo de eu ver o acontecido. Corri até o corpo ao chão. Um corte na cabeça estava aberto, inundando tudo de sangue.

-Flávia! - Me ajoelhei na sua frente após desprender o gatinho da minha blusa e segurei sua mão.

-Rafa... - sua voz fraca soou quase que inaudível. - Eu te amo!

Seus olhos se fecharam.

***

-O que aconteceu? - a voz de Maethe soou longe, mas ela estava do meu lado. - Rafa, o que houve?

-Eu não sei! - disse com a voz de choro. - Num momento ela estava do meu lado e depois ela estava no chão e...

-Calma, vai ficar tudo bem! - Felipe disse, enquanto Gabs chorava em seu ombro.

-Senhor Rafael Lange? - chamou o médico no corredor e eu me levantei. - me acompanhe, por favor!

Caminhei até ele e fomos para uma parte mais reservada do corredor. A cada passo que dávamos o seco em minha garganta aumentava. Ele respirou fundo antes de falar, e as lágrimas já queriam vir de novo.

-A paciente sofreu uma lesão no braço direito e no fêmur e um corte profundo na cabeça. Já enfaixamo-a e demos os pontos necessários.

-Eu posso vê-la? - perguntei baixo, secando meus olhos ainda que as lágrimas continuassem a cair. - Posso falar com ela?

-A paciente encontra-se desacordada, creio que ficará assim por um tempo. - assenti com a cabeça e ele saiu.

Caminhei em direção ao resto do grupo, encontrando a mãe de Flávia chorando junto ao povo. Abracei-a, explicando a todos tudo o que o médico me contou.

***

-Sr. Lange, Sra. Sayuri, a paciente acordou! - ouvi a voz e me levantei num pulo, caminhando em direção ao quarto junto com a mãe de Flávia e a enfermeira.

-Flávia! - Ela sorriu ao ver a filha e foi em seu encontro, abraçando-a.

-Mãe! - Flávia retribuiu, sorrindo junto. - Mãe, o que aconteceu? Por que estou no hospital?

-Você sofreu um acidente, querida! Eu não sei direito como aconteceu! - ela beijou a testa de sua filha. - O importante é que você está bem, querida!

-Eu não me lembro do que aconteceu... Eu... - ela fechou os olhos, deixando uma lágrima cair. - Minha cabeça dói!

-Vai ficar tudo bem querida!

-Mãe... - ela soltou o abraço da mãe, me olhando no batente da porta. -Quem é ele?

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