《Twitter | cellyu》♡Bônus - Sasa♡
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Eu estava pronta. Uma saia se encaixava na altura da minha cintura ao meio da minha coxa e uma blusa branca preenchia do ombro até a saia. Sapatilhas estavam em meus pés.
Estava parada em frente à porta de casa, respirando fundo. Rafa estava do outro lado, esperando eu sair.
Logo assim que saí, senti as borboletas no meu estômago se agitarem. O meu sorriso irradiava a minha felicidade e o meu nervosismo, além de demonstrar o meu medo de, ao abrir a boca, o meu coração passar pela mesma.
Seu jeans e sua blusa básica me deixaram constrangida, mas eu tentei ignorar isso. Ele estava lindo, de qualquer das maneiras.
-Você...- ele interrompeu a fala e pensou por um momento- você está linda!
-Você também!- retruquei, um tanto quanto envergonhada.
Ele me guiou até o seu carro, abrindo a porta como da outra vez, e entrou no banco do motorista. O caminho teria sido silencioso se não fosse a música e os meus batimentos cardíacos, que aceleravam a cada quebra-mola. Eu queria perguntar aonde iríamos, mas sabia que ele não iria me responder. Eu já havia passado naquele caminho uma única vez, para ir à um teatro. Logo pude ver aquele local imenso aonde peças e musicais eram apresentados. O problema, é que o Rafa não estacionou, apenas passamos em frente e continuamos o nosso caminho.
-Rafa...Aonde estamos indo?
-Para a minha casa, oras, para onde mais iríamos?
E então eu o olhei, engasguei com a saliva e fiz ele ter um mini ataque de risos. Após ambos estarem recompostos, tudo voltou a ser silencioso. Depois de mais uns quinze minutos, nós chegamos.
Rafa estacionou o carro dentro de um condomínio um tanto quanto grande e saiu do carro, correndo para me abrir a porta. Fomos para um dos prédios e subimos até o terceiro andar. O apartamento dele era bonito. Branco e preto, com alguns toques de cinza. Fiquei me perguntando se foi ele que decorou a casa.
-Os meninos saíram.- ele me disse- eu os despachei.
-Tarik e Mike são mais legais do que você!
-Nossa, me magoou, não vou te trazer aqui nunca mais!
-Ah, mas agora eu sei onde é, posso vir sozinha.
-Chata!- ele pausou- de qualquer das formas, eu vim te trazer para jantar, e eu que cozinhei.
-A gente vai comer miojo?- perguntei, fingindo uma cara feia.
-Tá, confesso, foi o Mike quem pediu num restaurante, mas conta, né?
-Por que não me surpreendo com isso?
Rimos e depois sentamos para jantar. A comida estava ótima, apesar de que nem prestei muita atenção na mesma. Ou eu estava ocupada rindo das palhaçadas do Rafa ou eu estava observando o quão lindo ele pode ser à luz de velas. Sim, à luz de velas, era como estávamos jantando.
Quando terminamos, ele me disse que tinha umas escovas de dentes fechadas e perguntou se eu queria escovar os meus. Ambos escovamos os dentes e eu o ajudei a lavar a louça- eu não gosto de, mas com o Rafa tudo se torna mais divertido.
Depois disso ele perguntou se eu queria conhecer a casa. Me apresentou a sala, a cozinha, o banheiro e os quartos. O primeiro quarto foi o do Tarik, depois o do Mikhael e por fim o dele.
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Ele acendeu a luz entramos no quarto. Do jeito que eu imaginava. Do jeito que era nós vídeos. Em cima da mesinha do computador havia uma pasta com desenhos de fãs e debaixo da mesma uma caixa com presentes- eu sei pois ambas as coisas estavam rotuladas com a palavra Langers bem grande.
Além das coisas que sempre imaginei, havia também uma caixinha, com o meu nome em cima dela. Eu estava curiosa, e então a peguei.
-Rafa, o que é isso?- ele me olhou e sorriu.
Abri.
{...}
Oi. Primeiramente, eu precisei me beliscar mais de mil vezes para ter certeza de que não estou sonhando. Para ter certeza de que você é real. E parece que sim, você é real.
Agora, queria contar uma coisa.
Eu estava no Twitter quando, de repente, uma notificação apareceu. Era você. Estava me perguntando como meus vídeos são tão bons. Eu não liguei no início. Muitas pessoas costumam me mandar perguntas desse tipo. Mas você passou a enviar-me mensagens todos os dias. Ou melhor, tweets. Eu estava fixado em você(Não fique com medo, eu apenas te achava legal). Quando eu saía com a galera, ficava olhando as notificações o tempo inteiro. E claro, eles perceberam.
Como eu já te disse numa carta anterior, eles sempre percebem.
Uma fez, fomos para uma pizzaria. A galera era realmente grande, mas eu não ligava. Eu apenas ficava com o celular na mão, e então não vi quando o Alan se aproximou. Ele pegou o meu celular e espalhou para Deus e o mundo que eu estava apaixonado por você. E eu, é claro, neguei. Esse foi o meu erro. Ao negar, eu não estava mentindo para eles ou para você, eu estava mentindo para mim.
Com o passar do tempo, a ficha foi caindo em mim. E eu percebi, Flávia, que eu estava perdidamente apaixonado por você. Que eu estou perdidamente apaixonado por você! E em todo santo dia, o seu nome é o que acorda na minha cabeça e dorme também. Eu li uma vez que 'Amar é quer ver-te amanhã'. Eu quero te ver amanhã! E na semana que vem, e no mês que vem e em todos os dias da minha vida!
E agora seria o momento clichê em que eu me ajoelho e te peço em namoro, mas eu não sou bom com palavras ditas.
Eu te amo, Flávia! E eu te quero todos os dias ao me lado. Eu quero você ao meu lado! Quero poder te abraçar, te beijar, te confortar e te ajudar.
Então, Flávia, você aceita?
{...}
Eu o olhei, pasma. E então tudo ficou preto.
{...}
Eu me lembro de ter saído de casa para fazer uma surpresa ao Victor, o meu namorado. Ele trabalhava numa pequena padaria na esquina de sua casa, à duas quadras da minha. Eram por volta das cinco horas, fazendo com que a padaria estivesse fechada, mas eu sabia que ele estava lá. Ao chegar, apenas entrei. Eu tinha a chave, o que era bom para surpresas desse tipo.
Eu não planejava nada, apenas o queria ver. Tinha disso: acordava no fim da madrugada para vê-lo.
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Abri a porta para ver o corredor escuro à minha frente. Andei por ele tentando não fazer barulho- surpresas não devem ser descobertas, certo?
Estava próxima da pequena sala à qual os funcionários deixavam suas coisas. Provavelmente ele estaria na cozinha, adiantando as coisas como sempre. Ele era super responsável e certinho, então fazia isso.
Ao chegar na porta que leva para a cozinha, porém, eu não cheguei a abri-la. Ouvi a voz dele e de uma outra pessoa. Não entendia o que estava acontecendo.
-Para de palhaçada, eu sei que você está mentindo!
-Não, eu não estou mentindo, Victor!- a outra pessoa falava, provavelmente chorando.- Você diz isso porque se a Flávia descobrir, vai magoar ela. Eu não estou mentindo!
-Aquela ridícula?
-Não fala assim dela!
-Falo do jeito que eu quiser!
-Você fez, agora arque com as consequências, oras! Eu sou a melhor amiga dela? Sou. Mas aconteceu naquele dia e agora eu estou grávida.
-Deve ser de outra pessoa!- ele gritou.
-É mas eu não saio por aí transando com vinte pessoas.-Ela grita e em seguida abaixa o tom Já fazem quase uma semana, você sabe que eu realmente estou grávida.
Uma semana. Meu aniversário foi há 5 dias atrás.
-Deve sair fazendo isso sim, você é uma vadia!
-Cala a boca!
-Ah, qual é, Lari!- ele diz depois de um tempo em silêncio.
-Eu não vou fazer isso de novo, Victor!- um barulho de coisas caindo no chão é ouvido- Me solta, por favor!- ela está chorando mais, pela sua voz.
-Ah, vamos lá, já fizemos isso antes.
Um outra barulho é ouvindo, mas não o reconheço.
Não aguentando mais isso e já com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, escancaro a porta, conseguindo ver a Larissa deitada em cima do balcão, com um vestido levantado e as mãos sendo presas no alto da cabeça pelo Victor. As coisas de cozinha estão no chão-provavelmente foi o barulho de coisas caindo-, juntamente com as calças do Victor.
Eu não acredito nisso!
{...}
-Eu acho que eu matei ela, Felipe!Ela tá desmaiada, eu não sei o que fazer. Pelo amor de Deus, me ajuda! Tarik Felipe, eu vou matar você!- Rafa estava ajoelhado ao meu lado, quase chorando, fazendo carinho no meu cabelo e falando ao telefone com Tarik.
-Rafa...?
-Ai meu Deus ela acordou!- ele desligou o telefone e sorriu.
-Eu não morri, Rafa!
-Graças a Deus!
Me sento na cama- contra a sua vontade- e sorrio para ele, lembrando da carta e do "sonho". Meu coração nunca esteve tão acelerado e as borboletas agora parecem sair pela minha garganta. Um pedaço rebelde de cabelo caía na cara do loiro e seus olhos possuíam um brilho única e somente dele.
-Mas então...- Ele sabe o que vou falar- Desculpa por ter desmaiado é que eu fiquei nervosa por, uh, você sabe. E eu não costumo desmaiar assim. Perdoa meus desmaios e não desiste de mim!- Eu rio- brincadeiras à parte, claro. Então, eu... Ah, eu não aguento mais!
Antes que o Rafa pudesse falar qualquer coisa eu me joguei em cima do mesmo, colando nossos lábios. Ele pediu passagem depois de um tempo e eu cedi. Tudo foi ficando mais quente e eu fui deitada na cama por ele, que se deitou por cima. Tirei sua blusa e ele fez o mesmo com a minha.
-Você realmente quer...?- assenti e ele afirmou.
Ele estava tirando a minha blusa quando ouvimos um barulho. Era um garotinho, pulando a janela do quarto com o celular na mão!
-Meu Deus!- gritamos todos ao mesmo tempo.
-Moço, desculpa, tinha um pokémon aqui. Desculpa, moço, desculpa!
Ele saiu.
-Você, uh, quer continuar?- Rafa pergunta, me fazendo rir e assentir.
Ele voltou a me beijar, porém o celular tocou. Vários palavrões passaram pela minha cabeça, xingando a pessoa que estava ligando. Rafa foi na cozinha buscar o celular- aonde a minha bolsa estava- e voltou, dizendo ser a Gabs.
-Alô?- resmunguei, atendendo a ligação.
-Flávia? Eu sei que você está com o Rafa. Eu tentei ligar para ele, mas não consegui.
-O que ouve, Gabs?
-Vocês podem vir para cá? Naquele hospital próximo ao shopping.
-Estamos indo, ok? Já vamos chegar!
Desliguei o telefone e expliquei ao Rafa. Vestimos nossas blusas e fomos para o hospital. Eu estava com medo de algo ter acontecido. Chegando no local, entramos e falamos com uma médica, que me disse que a Gabs estava num dos quartos do terceiro andar. Fomos até lá e, ao entrarmos no quarto, vimos duas camas.
O quarto era branco como é na maioria dos hospitais. Em uma das camas estava Gabs, pensativa, olhando para a outra cama. Na outra, estava Felipe, dormindo. Este último possuía uma das pernas enfaixadas e alguns ferimentos no rosto e braços.
-Gabs?- a chamei.
-Sasa! Cellbit!- ela andou até nós.- Eu saí com o Felps e então ele me pediu para tirar uma foto dele, mas quando ele foi atravessar a rua, um carro veio e eu surtei com a cena e aí eu desmaiei e... Ai meu Deus!- ela respirou fundo, estava prestes à chorar.
Sentei-me ao seu lado e a abracei. Ficamos por um longo tempo assim enquanto o Rafa estava olhando Felipe e murmurando algo.
-Gabs, não fica assim!
-Eu quero ir no banheiro...- ela se levantou.
-Eu vou contigo. Rafa, eu já volto, ok?
-Tudo be,!- ele me olhou.
Saímos do quarto e fomos até o banheiro. Eu percebi que Gabs tinha algo para me contar, mas quis esperar ela achar o tempo certo e me explicar tudo. Ela me parou no meio do corredor.
-Precisamos conversar!
-Fala.- nos sentamos.
-Quando o Felps foi, uh, atropelado- ela engoliu em seco- eu desmaiei. Acordei já na ambulância e expliquei para o médico que estava lá o que havia acontecido.- ela estava tremendo- Quando nós chegamos no hospital, o doutor disso que eu precisava fazer alguns exames, como de sangue, urina,e outras coisas. E o resultado da maioria dos exames já saiu e eu...- ela me olhou.
-Você...?
-Eu tô grávida, Sasa. Eu tô grávida do Felipe!
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