《Twitter | cellyu》♡Bônus - Sasa♡

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Eu estava tensa. Não sabia como me comportar. Não sabia se era um encontro. Não sabia para onde iríamos. Não sabia de nada!

Uma sensação estranha apoderou-se de mim e eu não sabia decifrar aquele sentimento.

Gabs se arrumava ouvindo música, no quarto. Eu estava na sala. Tocava Fantastic Baby, de uma banda coreana que eu não conhecia bem, e o ritmo acelerado não ajudava em nada.

O medo de fazer algo errado ou de me perder nas palavras era grande. O medo de me perder nos sentimentos também.

A campainha tocou. Gabs me desejou boa sorte, mas não saiu do quarto. Caminhei lentamente até a porta. As borboletas aumentaram. O meu vestido florido rodado me parecia muito coerente com as borboletas do meu estômago.

A música que tocava agora ela Little Things. Como eu amo essa música! O ritmo calmo me tranquilizou um pouco.

Abri a porta e o seu sorriso se abriu instantaneamente-percebi que ele cantarola a música antes deste ato.

Sussurrei um oi e ele fez o mesmo. Acenei para dentro da casa, apesar da Gabs não poder me ver.

Fechei a porta atrás de mim e caminhamos até o carro. O Rafa, num gesto de cavalheirismo, abriu a porta do carro para mim. Eu não tenho certeza se parecia um tomate, mas estava vermelha.

Depois de eu entrar no carro, achei que a sensação de borboletas no estômago passaria, mas ela só aumentou. Eu estava ficando cada vez mais nervosa, porém não sabia ao certo se era por não saber se isso era um encontro ou apenas por estar com ele.

-Rafa?- chamei a sua atenção- Eu posso fazer uma pergunta?

-Claro!- ele sorriu, sem desviar os olhos da estrada.

-É qur eu, bem, queria saber se isso seria um encontro.- engulo em seco e ele me olha rapidamente, nervoso.

-Não. Sim. Não. Quero dizer, é o que você escolher e...

-Calma, Rafa!- eu ri com a reação dele.

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Ele respirou fundo e continuou a dirigir, sem realmente responder à minha pergunta.

No caminho tudo foi silencioso. Saímos da área urbana de São Paulo e a única paisagem presente era um conjunto de diferentes tipos de verde e casinhas bem afastadas umas das outras.

Cerca de meia hora depois nós chegamos. Era um campo aberto, mas o Rafa me guiou até uma parte com árvores, para ficarmos na sombra.

Ele estendeu a toalha que havia levado e colocou as coisas que trouxe em cima da mesma. Nos sentamos no chão mesmo, aproveitando o dia.

-Vai responder à minha pergunta?- murmurei, comendo um pedaço de bolo.

-Já disse, você escolhe!- ele respondeu, bebericando seu copo de café.

Quem leva café para um piquenique?

-Vou aceitar, mas só desta vez!

-E o que é?- ele me olhou.

-Ainda não sei...- ele sorriu de canto e voltou a comer.

Conversamos sobre várias coisas, como games, séries e como Jancy -Jonathan e Nancy em Stranger Things- é um shipp maravilhoso.

-O Steve é um babaca!- rimos do comentário dele e eu concordei- e eu não acredito que a El e o Mike não ficam juntos!

-Idem, eles são muito fofos!

-Sim!

Nós rimos. O Rafa pegou grama e tacou em mim, me fazendo revidar. Logo uma guerra começou.

-Rafa, para!- pedi quando o mesmo começou a me fazer cócegas- Rafa, eu vou cair!- ele não parou- Vou gritar em 3...2...1....

Eu gritei. Risos. Mais cócegas. Risos. Grama em todo o meu cabelo bagunçado. Risos. Pôr de Sol. Risos. Folhas caindo. Risos. Cabelo no rosto. Risos. Olhos azuis. Risos. Fim das cócegas.

-Já está bom de cócegas, não está?

-Claro, Olhos Azuis, já chega de cócegas!

-Podia me chamar de Gato Loiro como a sua mãe, Flávia!- Ele se sentou na grama, assistindo ao pôr do Sol.

-Pode me chamar de Garota Dos Nomes como geralmente faz, Olhos Azuis!- Me sentei ao seu lado.

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-Ok, Garota Dos Nomes!

-Sério? Sinto como se não soubesse o meu nome quando fala assim.

-No início eu não sabia, oras, não tem problema algum. Afinal, eu descobri, não descobri?

-E até hoje não sei como!

Ficamos em silêncio. O Sol se esvaia do céu rapidamente, fazendo este último ir de azul claro para laranja, depois para rosa e caminhando para o azul escuro. Devia ser por volta das 17:30 ou 18 horas. Peguei o meu celular e enviei uma mensagem para a minha mãe, avisando que chegaria tarde. Depois, tirei algumas fotos com o Rafa e postei no Snap, e no Instagram, e no Twitter.

@starswithnmes: Quando dois loucos se juntam alguma merda acontece @cellbit [Foto]

Depois disso nós nos deitamos. Não havia muitas estrelas no céu, mas logo as nuvens foram dando espaço para tais astros. Elas brilhavam na escuridão da noite e a única coisa mais acesa do que isso era o par de olhos azuis ao me lado.

-Está vendo aquela ali?- o loiro apontou para uma das estrelas.

-Yeah, estou.- a fitei fixamente: era a que mais brilhava ali.

-Seu nome está escrito nela. E o de todas as pessoas que você ama estão também, uma em cada estrela.

-Isso significa que...?- o olhei.

-O meu nome está ali, Flávia?- ele me encarou.

-Talvez. O meu estaria, se fosse o nome de quem você ama?

-Talvez.

-Assim não vale, Rafa!

-Concordo. Você responde primeiro e eu respondo depois!

-Ah, assim não vale. Você primeiro!

-E que tal juntos?

-Que clichê, Olhos Azuis, achei que não fosse assim!

-Achou errado, Names.

-De novo não!

-Desculpa, eu vou parar!- ele ri.

Voltamos a olhar para as estrelas. Pensamentos diversos se passavam pela minha cabeça e eles tinham um nome: Rafael. Estava pensando na pergunta que me fez, sobre as estrelas. E eu sabia a resposta. Sempre soube.

-Sim...- murmurei.

-O quê?

-O seu nome, na estrela.

-Ah, sendo assim eu tenho que responder também, não tenho?

-Claro!- o olhei. Ele já estava me olhando.

-Bem, sendo assim...- ele se levantou- Vai ter que me pegar antes!

Logo ele começou a correr, e eu fui atrás dele. Claro que não consegui pegá-lo: ele era rápido e eu parecia uma tartaruga.

Mas então ele se cansou. Começou a correr mais devagar, e então eu o peguei. Segurei no seu braço e o puxei, ele não ia mais fugir.

Olhei em volta e percebi que estávamos na frente da toalha de piquenique, aonde nos deitamos para ver as estrelas. A Lua Minguante brilhava e estávamos de frente um para o outro.

-Quer mesmo saber a resposta, querida Flávia?

Afirmei com a cabeça.

-Quero, querido Rafael.

-Ok, espere!

Ele pegou e celular e digitou algo. Logo o meu celular vibrou.

@Cellbit: Yeah, bby

Sorri.

-Isso que queria?

-Sim!

-Só isso?

O olhei, confusa. Ele se aproximou. Meu coração batia forte. Minha respiração estava acelerada. Podia sentir o sangue correndo em minhas veias. As folhas se mexiam como numa música e as duas órbitas azuis me encaravam fixamente, brilhando.

E elas se aproximavam cada vez mais. Me consumindo como se eu estivesse no meio do mar, me afogando naqueles olhos.

E então eu sai do mar e fui para o céu. Nuvens. Azul. Eu estava flutuando no dia. Seus lábios nos meus provocavam uma sensação de borboletas no estomago novamente. Suas mãos se encaixavam na minha cintura e eu encaixei as minhas em sua nuca.

Quando paramos o beijo, senti como se estivesse no mar de novo, voltando para a terra firme. E então finalmente cheguei nela.

Sorri. Ele fazia o mesmo.

Decidimos que estava tarde e que devíamos voltar. No caminha de casa era como se estivéssemos competindo: Quem tinha o maior sorriso estampado no rosto.

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