《MEMÓRIAS DE UM DEUS - Ficção [português]》COMO USAR OS DAHRARS
Advertisement
Não devemos nos enganar. A beleza não traz em si a bondade, a inteligência e o pensamento ordenado, como o mal não traz em si a feiura, a falta de inteligência e a pressa inconsequente.
Lázarus e Ariel abriram os braços para receber os anjos. Eram sete deles, com Safiel à frente.
Assim que desceram havia aqueles sorrisos magníficos e luminosos nos rostos, e Ariel se sentiu imensamente feliz por recebe-los ali, em Par Adenai, que agora também chamava de sua casa.
Na grande varanda uma ampla mesa redonda, repleta com terrinas de mel e pães e frutas de várias partes do mundo, além de jarros com vinho, cerveja, sucos e, como não poderiam faltar, o apreciado hidromel e as compotas de ambrosia[1].
Logo Ariel, FlorDoAr, sol e Absinto, o velho ancião do conselho, surgiram do interior do prédio, visto que Ariel fizera questão de lhes mostrar a casa. Após os cumprimentos todos se ajeitaram nos parapeitos e nos bancos de pedra estrategicamente dispostos na varanda.
- Agora tem escadas internas – riu Lázarus com orgulho.
- Notamos – riu FlorDoAr. – Ainda bem, não é Ariel? Você nem mesmo precisou trazer a gente aqui para cima – riu satisfeita.
- Tudo evolui – riu Safiel, sentando-se num dos bancos de pedra, de frente para a ampla visão das Planícies Largas. – Ainda mais agora, que vocês estão juntos – congratulou.
- Não era sem tempo... – espetou FlorDoAr. – Acho que estavam demorando demais...
- Tempo certo – declarou Lázarus, o rosto alegre e juvenil, olhando com carinho para Ariel.
– Ora, está estendendo seu jardim? – Safiel perguntou gratamente surpreso, vendo que a planície estava um pouco diferente da outra vez em que visitara Lázarus.
- Ah, sim! Ela estava bem acanhada. Está ficando boa?
- Sim, está ficando muito bom o seu trabalho – parabenizou. – Vai subir alguns morros? Estou vendo que apontou um...
- Sim, acho que sim. E vou trazer um rio e córregos também – falou pensativo, como se estivesse vendo como iria ficar.
- Que bom, Lázarus. A mente se ocupar de coisas assim é muito revigorante – sorriu satisfeito. – E onde está o seu, Ariel. O do Lázarus é muito seco para eu acreditar que você o está ajudando.
- Ah, você vai fazer um jardim, tia? Eu posso ajudar? – Sol pediu tomada de energia, levantando a mãozinha direita.
- Mas é claro que pode, meu bem – riu Ariel. – Olhem ele lá – apontou para o monte mais à direita para os lados do mar, onde se viam algumas construções no meio de uma floresta que o coroava, perto de um largo córrego que de lá se precipitava.
Advertisement
- Eba... Vai ser muito legal.
- Sempre que vier aqui me visitar, a gente pode ir mexer lá, o que acha?
- Vou adorar, tia. Podemos ir lá agora?
- Não, agora não, filhinha – intrometeu-se FlorDoAr. – Agora estamos com todos nossos amigos aqui. Quer deixar eles sozinhos?
- É claro que não, mãe. Mas, quando der a gente vai lá, tia?
- Claro que sim, minha querida.
Lázarus deu um sorriso disfarçado, ao ver que a atenção da menina acabara de se deslocar para os doces e sucos sobre a mesa, que agora examinava com atenção e desejo.
- Eu tenho certeza de que o dela vai ficar muito mais bonito que o seu, Lázarus. Você vai ter que caprichar mais. Ainda mais agora que Ariel vai ter ajuda. Duas contra um – riu.
FlorDoAr riu, balançando a cabeça para Safiel.
- Mas, você é um anjo bem malandro, não é mesmo? Vai querer que o Lázarus se mate de trabalhar no jardim?
- E não sou? – sorriu feliz.
De repente, tudo se modificou, com vários dragões voando ao lado da varanda.
Sol correu alucinada para a varanda, acompanhada de todos os outros, atento aos animais, que se revolviam no ar, como se estivessem cumprimentando cada um que estava ali.
Após o último deles se distanciar Sol deu um grito e correu para a direita, onde dois gigantes azuis, acompanhados de um pequeno filhote branquinho parecia aguardá-los.
Foi uma festa, com todos se agarrando ao filhote, que corria e fingia rugir, quando não grudava em alguma veste e puxava alguém para o lado.
Depois que apresentaram o filhote para os da casa, a mãe pegou com muito cuidado o filhote com a boca e se lançou suavemente para cima, todos voltando para o ninho.
Havia alegria e paz em todos, quando se ajeitaram novamente nos bancos de cadeiras da varanda.
– Bem, mas vamos lá! É sobre a guerra, Lázarus, que nos convidou? – quis saber Safiel, confortavelmente se instalando numa cadeira de almofada de painas recém-colhidas instalada à mesa.
- Sim, é sobre a guerra que está para se abater sobre esse mundo. O que sabe sobre ela? – perguntou conduzindo também os outros para a mesa central.
- Minha nossa – gritou FlorDoAr espantada, correndo para a mesa.
Ariel não se aguentou e riu muito, junto com todos os outros.
Sol tinha um copo na mão, e os olhinhos estavam um pouco tortos.
> Mas, hidromel, Sol? – reclamou FlorDoAr tirando de suas mãos o copo, já totalmente vazio.
- É, essa realmente é NuvemEscura. Ela era doída por hidromel – reconheceu Ariel.
Advertisement
- Há alguma outra coisa que sua amiga gostava, que poderia partilhar comigo? – perguntou FlorDoAr tomando Sol no colo e deitando-a num lectus[2], próximo a eles. Tão logo foi deitada no móvel a menina apagou de vez.
- Ela também gostava de cerveja – riu Ariel, junto com os outros.
- Então, vou ter trabalho, não vou mesmo? – riu por sua vez, pegando a pequena coberta aos pés do móvel, com a qual a cobriu, ela nele se enrolando toda feliz. – Eu achei que vocês, como demianas e anjos, se alimentavam quase que exclusivamente de energia – espantou-se, sem demora tomando um assento do outro lado da mesa de tal forma que pudesse ficar de olho na menina, sob o olhar divertido dos outros.
- Sim, isso é verdade – confirmou Safiel. – Mas essas bebidas e alguns doces são famosos entre nós também. E, também temos uma outra bebida muita famosa. Já ouviram falar de café?
- Não, não ouvi. É igual ao hidromel? – perguntou Absinto, curioso em como ela seria.
Ariel rapidamente entrou na residência. Quando voltou trazia uma garrafa fumegante e várias xicaras, que depositou na mesa. Um a um dela foi se servindo.
Absinto bebeu um pouco e afastou a xicara dos lábios, observando com atenção a bebida escura e fumegante. Então, de olhos fechados, saboreou novamente o café, o rosto mostrando o quanto estava apreciando a beberagem. FlorDoAr também experimentou, e logo deixou sobre a mesa, mostrando que não apreciara muito.
- Tem que sentir – ensinou Ariel. – Não engula, não beba depressa. Aprecie, minha amiga.
Safiel, Lázarus e Ariel se serviram, e com prazer sorveram a bebida, o que fez FlorDoAr tentar experimentar novamente.
- Estranho – falou FlorDoAr, - eu não tinha gostado mas, agora, até que parece interessante – declarou se mostrando satisfeita, a xícara segura entre as mãos.
- Como já sabem – Safiel retomou o assunto, tão logo todos se acalmaram novamente, - os demônios se retiraram, não querem mais ser encontrados. Sabemos que eles estão fazendo isso porque estão planejando trazer a guerra para Urântia.
- Os demônios estão na dianteira do planejamento, então? – estranhou Ariel.
- Está sendo permitido que conduzam esses assuntos, Ariel. Olhem, se observarem bem, há muito sofrimento em Urântia, há muita maldade que se oculta, que rasteja aqui. Toda essa escuridão precisa ser colocada à vista para que possa ser confrontada. Então sim, eles estão na dianteira. São eles que vão nos mostrar o mal a ser combatido.
- Entendi – cismou Absinto. – Não deixa de ser uma boa ação, sendo que o mal já existe e já está aqui – falou fechando os olhos após levar à boca um pouquinho de Ambrósia.
O silêncio caiu, todos se servindo das iguarias e bebidas, os pensamentos girando sem cessar, os olhos passando por tudo como se nada vissem. O tempo transcorreu assim, lento e viscoso por um bom espaço.
- Eu e Ariel procuramos os demônios, e entramos em um de seus covis – contou Lázarus rompendo o silêncio.
– Eles querem cooptar os dahrars, fazê-los lutar ao seu lado – completou Ariel.
- Os demônios estão sendo muito cuidadosos com seus planos, e lançaram muitas cortinas de fumaça para que não sejam vistos e para confundir os que se moverão contra eles. Seus corações estão duros e fixos sobre essas terras, sobre toda a Mércia. Eles não irão batalhar agora, no início. Eles irão se guardar, esperar, e se lançar sobre os que sobreviverem, acaso isso aconteça, ou sobre quem vencer nos tempos que vão chegar e sobre o qual julgam que possuem algum controle. A verdade, meus amigos, é que eles não estão tentando cooptar os dahrars – falou Safiel,
- Como? Mas nós...
- Eles não querem os dahrars para suas fileiras – falou Safiel com bastante calma, interrompendo Ariel. - Eles não confiam neles.
- Qual o plano deles, então? – estranhou Lázarus.
- Ao que parece, meus amigos, a guerra está sendo planejada para ser em fases.
- E que fases seriam essas, Safiel? – perguntou Lázarus.
- Tudo leva a crer que tentarão usar os dahrars em um primeiro momento, depois talvez uma guerra que envolva as pessoas e os homens e os nefelins, e então, por último, os anjos, que serão combatidos diretamente por eles.
- Toda a criação será envolvida... – cismou FlorDoAr.
- Eles estão procurando enfraquecer os danatuás antes da verdadeira guerra que tanto desejam – sondou Absinto, os olhos tomados de apreensão.
- Talvez ainda demore um pouco, visto os terríveis aliados com que têm que lidar. Mas, tudo indica que isso irá acontecer. Na primeira fase, é quase certo que eles planejam lançar os dahrars contra todos nós. Acho que estão esperando que eles consigam aumentar de número – sondou.
[1] Doce em cuja receita leva ovos (*).
[2] Móvel antigo. É como uma cama com um recosto curvo de madeira na cabeceira.
Advertisement
Kenji and Jester
Kenji Gordon had faced many challenges in life, and problems with his family, friends and loved ones. He developed voices in his head with some Symbols flashing with every thought. But one day he woke up in the bizarre world of Dregroyor with a spiritual being that lurks in his mind. Now Kenji must learn how to live and survive in this fantasy world along with the people he befriended while also having to overcome his past guilts, regrets, and his new Spiritual friend, Jester. Kenji and Jester must adapt to this new world, watch as the two embark on an adventure filled with magic and wonder, and how the new world teaches them valuable lessons such as Change, Love, Regret, and Forgiveness. But with every adventure comes great danger, as they will meet some of the most dangerous foes and tackle the most mythical beast of Dregroyor. It is a story of a Man and his somewhat Imaginary friend who are bonded by unknown circumstances and are forced to tackle a whole new world, whiles they try to understand each other's perspective.
8 141Forgotten Heroes
Life in Tellurus is no longer as before: technology has become outdated, magic has weakened, and creatures of unknown origin have led all intelligent life to unite under the same banner, The Empire of Almawarth, in a fight against extinction. It is in an inhospitable corner of this empire where Tod and Eli, childs of mixed race, will undertake their journey. Seeking to change the fate of Tellurus, they follow in the footsteps of the last human hero, investigate the causes of the great cataclysm, and explore a world that is far wilder, mystical, and dangerous now that there are no longer chosen ones in any of the Tellurus races. All rights reserved. Protected by savecreative.com Hi this is my story that I translated from Spanish to English. As it is not my native language feel free to correct me, all comments are welcome. I hope you enjoy this novel.
8 212Two Collars
"Serve me and be rewarded.Do good and be blessed." These are the two core teachings the god ruler of the empire raises every child raised under. But how honest are her words really? Vermith and his now wife Yonnera spent their young days traveling the country as heroes and mercenaries for hire. With the decision to tie the knot also came the financial burden of settling down. Luckily for them, a massive military operation to a different country had just been commissioned by the empress, one that promised to pay out big for all who joined. The couple joined their last mission, looking forwards to the future they would spend together. But that future turned dark as the light of their god enveloped all who had pledged themselves to their cause. When Vermith awoke, he found him and his wife stripped of their freedom, their engagement rings ripped away and replaced with two dark collars around their necks to serve as reminders for the terrible curse that was thrust upon them. Full of vengeance, the man returned to the empire that had cast him out, determined to earn his wife's freedom and procure her a cure. That was 10 years ago.[winner in the Royal Road Writathon challenge]
8 108Halloween Specials
Short stories of ghosts, supernatural, and other sorts of scary and exciting things.This segment will only be open till Oct.-Nov. 20, 2015you can message me to tell your stories and I'll post it here but make it 1000 words long so that I don't have to make it longer.And also it doesn't need to be scary as long as it's supernatural or exciting you can send it.It doesn't need to be real as long as it's a STORY you createdWarning:All stories you send to me must be created by yourself don't crib it someone else's work it might have some similarities it will be ok as long as you didn't stole someone else's work If you will post someone else's work dedicate it to them or seek their permission to post it here.Some of the stories here might endanger you so please don't follow the instruction if there is one. Playing with the unknown might get you in to a bad situation.It was just posted here for the sake of satisfying your curiosity and as they say curiosity kills the catThanks google for the cover, the cover was well I'll let it to your Imagination hope you sleep well seeing it.Yours truly your Idiot Cat,BakaNeko
8 124Dungeon Runner
Arjun Hunter, a dreamer, or a lunatic as others call him, aspires to be the one to defeat all the levels of the dungeon. The universe he lives in is different, there are no planets, the universe is one gigantic dungeon. He lives on the floor below floor 1, the floor where the dungeon starts. On his 16th birthday, something unexpected happens to him, something which will forever change his live for the better.
8 91orphic | Complete
"Orphic(adj) Mysterious and entrancing; beyond ordinary understanding."(in which Yoongi learnt that word when he fell for a certain honey-like girl and his world completely changed in the blink of an eye)Started: August 2019Ended: September 2021
8 138