《UMA ESTÓRIA DANATUÁ (ficção - português)》GRANDE AUXÍLIO
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Sempre esperei por você. Não te conhecia, mas te reconheci. Sei bem que não vai ser fácil, mas também sei que meu futuro depende disso, desse abrir mão do que eu acreditava poder ser.
Uivo se poderou e saltou. Quando caiu girou o corpo e rolou, ficando em pé um pouco mais distante.
O lobisomem rosnou de ódio ao ver que Uivo conseguira escapar do ataque surpresa. Com um grunhido mandou os outros cercarem Uivo.
- Você acha que pode nos desafiar, não é mesmo?
- Não quero matá-los. Vão embora! – advertiu aos outros. – Não morram por ele.
- Então quer que eles morram por você? – riu o chefe da matilha.
- Você já está morto, porque é isso que procura. Eles não precisam morrer.
- Não é isso o que irá acontecer aqui...
Uivo se jogou no chão, escapando do ataque de dois dos lobisomens. Impulsionando as pernas se levantou e bloqueou o avanço de outros dois, que lançou para longe.
Então um outro lobisomem se juntou aos que o atacavam. Esse era maior e mais feroz, apesar de mostrar um ar meio idiotizado. Ele era força bruta, fúria descontrolada. Uivo já o conhecia, sempre quieto e pau mandado dos chefes da matilha, lacaio de OrelhaCortada. Suspirou, sabendo que aquela parada iria ser dura. Ele podia ser imbecil, mas na batalha era um lutador e tanto.
- Bader Urak, eu te conheço – falou para o grandalhão. - Não quero lutar com você.
- Sou da matilha. Você é contra. Vamos lutar – falou avançando junto com os outros cinco, que apertavam de vez o círculo.
Uivo abriu todas suas garras, sabendo que não havia como evitar a batalha contra todos eles. O mais alto deles avançou, a bocarra procurando seu pescoço. Uivo se afastou uns milímetros e cravou as garras da direita na garganta dele. Puxando-o, enfiou com violência as garras esquerdas no peito, arrebentando costelas e estraçalhando o coração. O golpe de Bader Urak o pegou de lado e o deixou zonzo. Com dificuldade aparou o golpe do chefe da matilha, endereçado à sua cabeça. O chefe cambaleou para trás quando o empurrou com força, enquanto dois avançavam.
As sequências de golpe eram alucinantes. Suas costas foram rasgadas e um soco de Bader quase o deixou sem ar. Desesperado, saltou nas costas do gigante e caiu, longe deles. Mas não houve tempo. Com velocidade alucinante eles voltaram ao ataque, encurralando-o contra duas árvores.
Uivo cravou suas garras dianteiras no tronco da mais grossa delas e girou as patas traseiras, recolhendo com baque surdo o chefe da matilha. Num golpe duro e seco o lançou para cima, enquanto galgava o tronco. Quando o chefe da matilha iniciava sua descida, Uivo saltou, as garras e presas à mostra. Ao tocar o solo estava todo molhado de sangue. Devagar, ante os olhos desesperados dos outros, se ergueu, rezando para que, confusos, deixassem a luta. Com um movimento da pata empurrou o corpo do chefe para longe.
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Mas o ódio deles apenas cresceu.
Uivo se preparou.
Um golpe o atingiu no lado enquanto outro, extremamente doloroso, o atingiu no quadril. Bufou de ódio, se ajoelhando. Os três lobisomens rodaram por alguns segundos à sua volta, enquanto procurava se refazer. Então se ergueu e fez que iria saltar.
Bader Urak ergueu os braços, para apanhá-lo no ar. Mas Uivo ainda estava no chão, e conseguiu atingir os outros dois, cortando fundo em suas coxas. Quando Bader Urak baixou os olhos, Uivo o atingiu com dureza, fazendo-o desmontar no chão como um boneco de pano. Então, ao se virar para os outros dois viu um deles lançar um longo uivo, que foi logo respondido por outros, não muito longe.
Uivo suspirou pesado e partiu para cima dos dois, que fincaram as patas no chão para lhe fazer frente.
Tomado de urgência Uivo passou, rasgando suas gargantas.
Então se virou e viu que um grupo avançava rápido pelo capim alto. Pelos movimentos no capim previu que deveriam ser em torno de uns vinte entes. Torcia para que, pelo menos, fossem só lobisomens.
Uivo suspirou, sabendo que seria uma batalha de vida e morte.
Eles então irromperam do mato. Dezoito lobisomens foram surgindo à sua frente.
O grande chefe da matilha se levantou em toda sua altura, examinando os mortos. Com um sorriso esgarçado conferiu que Bader Urak ainda estava vivo.
Seus olhos estavam pesados, e havia uma luz perigosa neles, Uivo percebeu.
Então Bader Urak se levantou a custo, e examinou confuso o lugar. Se dando conta do novo grupo se aproximou submisso do grande chefe, que o olhou de esguelha, um ronco abafado se desenrolando no ar. Bader Urak, antevendo o perigo, deu um passo para trás.
Mas não foi suficiente.
Com um movimento muito veloz o alfa fechou as mandíbulas na garganta de Bader Urak, que não teve tempo de se defender, tombando lentamente no solo sob o olhar indiferente da matilha.
Uivo viu quando seis deles se desgarraram, fechando o cerco por dentro da floresta.
Ele estava numa colina que se acessava por uma campina de mato alto, enquanto a floresta iniciava do topo e se espraiava e se agigantava no mundo. Uivo se amaldiçoou, pois durante a luta não percebera que se afastara da floresta.
Confiava que conseguiria sair dali, mas sabia que o custo seria muito alto.
Se preparava para atacar quando ouviu silvos na floresta, e sons de baques de corpos.
Outros se destacaram da matilha e se lançaram para dentro da floresta, sob o olhar indiferente do chefe. Então mais silvos, e mais baques. O chefe rosnou irritado.
Uivo se virou levemente, e viu um clarão no alto de uma grande Árvore.
Sorriu e se voltou para encarar o chefe.
- Não acaba aqui, pantera – rosnou o chefe, fazendo menção de ir embora.
- Engana-se! Acaba hoje, acaba aqui. Sei o quanto são vingativos, o quanto são traiçoeiros. Sei que foi você que os enviou contra mim, por acreditar que eu os desafiei no encontro. Mas sei que era um braço de OrelhaCortada. Vocês não vão sobreviver a este dia.
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O chefe fincou as patas no chão, encarando Uivo com redobrado ódio.
- Então você terá que se bater conosco – rosnou.
- É assim que deve ser. Pelo que vejo, já perderam seis. Vocês ficam aqui, aqui vocês irão morrer!
- Te dei uma chance de se safar... – vociferou o chefe.
Uivo sentiu seu sangue gelar quando a viu sair da floresta. Allenda caminhava tranquila, apesar de alerta. Ela estava avermelhada, setas preparadas, o arco com uma seta ao lado do corpo, firmemente empunhado.
- Não devia ter vindo, e se veio, não devia ter descido da árvore. Ela era sua proteção – gritou para ela.
- Você já está muito machucado, oncinha. E eu não preciso de proteção...
- O que vai fazer? – Uivo gritou, alarmado, mantendo o alfa sob atenção, preocupado com a segurança de Allenda.
- Apenas te incentivando – falou Allenda se adiantando, a flecha deixando o arco enquanto outra ia para seu lugar. Três disparos rápidos e ela agachou, uma lâmina em fogo na mão, abrindo a barriga de dois lobisomens mais próximos.
Tomado de urgência Uivo se poderou com toda a sua força e atingiu os que corriam para cercar Allenda. O golpe seco e profundo rasgou o grande chefe de cima para baixo, enquanto o lançava contra um grupo. Então, saltando fez um arco em volta de Allenda, amontoando os corpos. Allenda saltou sobre Uivo, a faca ígnea cravando no topo da cabeça de um lobisomem de aspecto assustador. Enquanto caia rasgou os músculos das costas de outro, que tombou em agonia, enquanto a faca entrava em suas entranhas pelas costas.
Uivo aparou o golpe e quebrou o longo braço do lobisomem mais próximo de Allenda.
Uma garra afundou em suas costas.
A dor quase o desmontou.
Tombou seco para a frente, escapando das garras, rolando e se voltando para enfrentar o inimigo. Primeiro cortou a perna direita do lobisomem, que urrou de ódio. Com um golpe duro enfiou as garras no topo de sua cabeça, enquanto cortava a garganta com a outra mão.
Ao se virar viu que Allenda fora cercada por três deles. O desespero o tomou.
Mais que depressa se livrou atabalhoadamente de dois que o atacavam. Num salto apressado derrubou dois dos que cercavam Allenda.
Uivo suspirou quando a viu se livrar do que permanecera com ela, e urrou quando as garras de um deles se afundou em seu peito.
Com raiva cortou a pata com um golpe e quebrou seu pescoço.
Se virava para dar combate ao último deles quando uma seta atingiu o lobisomem entre os olhos.
Extremamente cansado caiu de joelhos, voltando os olhos para conferir que Allenda estava de pé. Suspirou ao verificar que ela parecia bem.
Respirando com dificuldade pegou a pata que estava cravada em seu peito e a arrancou com um puxão seco.
- Você está um traste – falou Allenda se ajoelhando ao seu lado.
- Eu sei, eu sei. Por que veio?
- Ouvi o uivo de chamado, e vim ver o que poderia ser.
- Devia ter ido embora – bufou ele, controlando a dor.
- E deixar isso só para você? Nem pensar. Agora vamos! Você está muito ruim.
- Espere, eu posso me curar. É só um tempo.
- Eu sei que pode, mas você tem muitos ferimentos, e isso vai demorar demais. Se cure enquanto voltamos. Não é bom ficarmos aqui, porque não sabemos dos outros clãs. OrelhaCortada, héim?
- Ora, como sabe??? – Ah, sim, era você que estava ouvindo minha conversa com Tenebe agora há pouco... – sorriu.
- Isso não importa. Então, eles eram do velho grupo de OrelhaCortada?
- Sim, eram do grupo dele. E um deles estava infiltrado. Foi o que eu desafiei na reunião do conselho.
- Também há boatos de que você foi o culpado da morte daquele que Otenv matou.
- Ora, isso é bom – sorriu.
- É, né? A verdade é que você não está em condições de uma nova batalha – insistiu, obrigando-o a se levantar e caminhar de volta para a aldeia.
- Você me seguia não é mesmo? Preocupada comigo?
- Já disse... Ouvi o chamado e...
- Sei que estava lá, na árvore, há um bom tempo, olhando a briga.
Allenda ficou em silêncio, observando Uivo enquanto andava. Então sorriu.
- Sabe que é até verdade... Enquanto não resolvermos nossa rixa, não vou deixar que o matem – sorriu satisfeita.
- Ah, que bom – suspirou Uivo. – Uma protetora – riu.
- Larga de ser convencido – ralhou ela. - Sou eu que vou te matar.
- Ai, ai... Mas isso é bom... Quer dizer que ainda tenho algum tempo de vida. Que bom...
- Não muito tempo. Aproveite a vida, até lá – falou dando-lhe uma rasteira.
Quando ele caiu, caiu de costas, os ferimentos mais doloridos raspando no mato. Uivo gemeu e se levantou depressa.
- Chato isso! – gritou para Allenda, que se distanciava, entoando uma cantiga. – Em todo o caso, obrigado,... Allenda.
Allenda sorriu, ao ouvir seu nome saindo dos lábios de Uivo.
- Ora, não sou mais apenas a filha de Adanu?
- Por hoje não – riu ele.
- Que bom – sussurrou para si mesma.
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Fallout: Vault X
An original novel set in the Fallout universe, written to be accessible to all, featuring unique people and places. Vol.II. out now Fallout: Vault X tells the story of John. A vault dweller, who spent every day of his twenty five years underground. Like his father, and his father before him. Proud to live in the last remaining bastion of humanity, all that survived The Great War of the atomic age. Hidden deep below the surface of the earth, toiling under brutal conditions. Year after year, decade upon decade. All to expand into the natural cave system the Vault occupied, building for the future. However, John knew what his forefathers did not, that everything he’d been taught was a lie. After finishing school at the age of ten, John received his standard issue pipboy. An arm mounted personal computer, worn by everyone in the Vault. Used to coordinate the relentless pace of expansion, needed to work as an apprentice. To learn the craft that would be his life’s work. A noble calling to ensure a future for all that remained of the human race. A quirk of fate saw John equipped not with the crude, clunky, pipboy model his father wore. That almost everyone around him wore. His looked smaller, sleeker, finished in a jet black sheen. And capable of doing far more than its drab counterparts. The world above had been ravaged by atomic flames, yet life clung to its bones. The Red Valley fared better than most in the century since the bombs fell. The clean water and rich soil protected by rolling hills. All spared from direct strikes, for the most part. Life survived here. Trees spawned from charred ground, misshapen, green leaves turned red. Along with simple crops, grown wild at first, then cultivated by the survivors. The scavengers of the old world were inventive, hardy people. All determined to rebuild in the ruins of a world they never knew. In the decades that passed settlements emerged. They grew, spreading along the valley floor. Reclaiming the pre-war remnants of the once industrialised heartland. Salvaging the robotic wonders of a bygone age to build their walls and work their fields. To protect them in the dark of the wasteland. But such things are uncommon in this world, and the rarer something is, the greater its value. And the worth of pre-war technology had not gone unnoticed. The last, real, power in this world rested in the mechanised hands of The Brotherhood of Steel. Forged from the mortally wounded old world military. The Brotherhood used its access to the weapons made for a conflict no one won to strike out into the wastes. Men and women were equipped with advanced armour, aerial transportation, high grade weaponry. Accompanied by the training, strength, and will, to put them to use. They established chapters and set up outputs far and wide. All dedicated to a single purpose. To ensure the technology left abandoned by its long dead creators didn’t fall into the wrong hands. Namely, any hands that were not their own. This is the world John escaped into. A place of horrors brought forth from atomic fire. A place where survival meant battling against the darkness. Fighting a war each day to get to the next. And war...war never changes
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